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Cristiano Ronaldo inicia virada merengue. |
Foi a sétima vitória do Real Madrid em nove jogos na Liga. São 21 pontos, apenas um a menos que o arquirrival, que soma 22 e, enfim, conhece a primeira derrota na competição.
Histórico, antes mesmo de começar, o Clássico ganhou ainda mais peso a uma hora do início, quando saíram as escalações das duas equipes. Luis Enrique apostou no uruguaio Luis Suárez como titular, fazendo trio com Neymar e Messi.
O trio não demorou para funcionar. Aos 3 minutos, Xavi - outra novidade no time titular - encontrou Suárez pela direita. O uruguaio virou o jogo, e Neymar recebeu pela esquerda. O brasileiro conduziu, passou por Carvajal e Pepe e chutou de perna direita. A bola saiu rasteira, sem alcance para Casillas. Um golaço, o primeiro do camisa 11 no Bernabéu.
A desvantagem colocou o Real Madrid de vez no jogo. E que o se viu nos minutos seguintes foi um bombardeio à meta até então imaculada de Claudio Bravo. Com James, Isco, Kroos e Modric no meio campo, a bola chegava com frequência ao ataque.
Karim Benzema teve duas grandes chances. Aos 5 minutos, o toque na saída do goleiro saiu pela linha de fundo; aos 10, o francês cabeceou uma bola no travessão e, no rebote, bateu por cima do gol.
O jogo não parava, o ritmo era impressionante. Mas o Real não conseguiu transformar sua blitz em gol. E, na metade do primeiro tempo, foi o Barcelona quem ficou novamente perto de marcar. Aos 22 minutos, Casillas parou um chute de Messi; no lance seguinte, de forma ainda mais impressionante, o goleiro voltou a aparecer, bloqueando uma conclusão do argentino após cruzamento de Suárez.
Aos 30, o Barcelona parecia comandar a partida: tinha a bola, marcava pressão e via seu trio de ataque mover-se bem.
Mas os clássicos mudam ao sabor de um lance. Aos 34 minutos, depois de ver o rival perder duas chances claras, o Real Madrid chegou ao empate. Marcelo avançou pela esquerda e cruzou para o centro da área. A bola bateu no braço de Piqué, e o árbitro Jesus Gil Manzano apitou pênalti.
Cristiano Ronaldo cobrou e marcou seu 16º gol em 9 rodadas da Liga Espanhola. Mais um recorde para o artilheiro português. E o Real Madrid foi um pouco mais tranquilo para o intervalo. Sob os aplausos de um estádio que reconhecia: estava diante de um clássico espetacular.
O início do segundo tempo mostrou um Real Madrid mais ligado na partida. O Barcelona, desatento, parecia vulnerável na defesa, depois de sofrer seu primeiro gol na Liga.
Uma insegurança que custou caro aos 5 minutos. Após cobrança de escanteio de Toni Kroos, o zagueiro Pepe subiu sozinho para tocar de cabeça, sem chances para Claudio Bravo.
Em desvantagem, o Barcelona se desfez. O time catalão já não conseguia manter a posse de bola para controlar o adversário e, com a necessidade de atacar, passou a descuidar-se mais na defesa.
Aos 15 minutos, Luis Enrique tentou mudar a dinâmica de seu meio-campo: colocou Rakitic no lugar de Xavi.
O lance da substituição deu início a uma série de falhas individuais. Rakitic bateu mal um escanteio, a defesa do Real Madrid afastou mal, e a bola parecia destinada a sair pela linha lateral. Mas Iniesta e Mascherano fizeram mal a proteção, confundiram-se, e Isco ficou com a bola. O malaguenho tocou para Cristiano Ronaldo, que acionou James Rodríguez, e o colombiano viu Benzema entrar livre. O chute do francês ainda tocou na trave antes de entrar: 3 a 1 para o Real Madrid.
A última meia hora de jogo foi marcada por um contraste interessante. O Barcelona, mesmo atacando, parecia menos perigoso que o Real Madrid defendendo.
Os donos da casa pareciam prestes a marcar o quarto, o quinto. E eles poderiam ter saído, não fossem pelo menos três antecipações de Mascherano em contra-ataques.
O superclássico, que era histórico antes mesmo de começar, tornou-se ainda mais especial após os 90 minutos em que o Real Madrid soube desmontar o estilo do rival.
Os donos da casa pareciam prestes a marcar o quarto, o quinto. E eles poderiam ter saído, não fossem pelo menos três antecipações de Mascherano em contra-ataques.
O superclássico, que era histórico antes mesmo de começar, tornou-se ainda mais especial após os 90 minutos em que o Real Madrid soube desmontar o estilo do rival.
Fonte: ESPN.com