Por Matheus Mousadis
São Paulo - Brasil
A final era da Supercopa da Itália, o jogo aconteceu no Catar, foi todo
baseado em um duelo argentino e acabou decidido nas mãos de um
brasileiro. Depois de buscar um empate por 2 a 2 nos últimos minutos da
prorrogação, o Napoli bateu a Juventus por 6 a 5 nos pênaltis e levantou
a taça da competição.
É a segunda vez que o Napoli levanta o troféu em três finais de
Supercopa que fez. Curiosamente, todas as decisões do clube foram
justamente contra a Juventus - vitória em 1990 e derrota em 2012. Já a
Juve desperdiça a chance de se isolar como maior campeã da história e
segue empatada com o Milan com seis taças cada.
Tevez apareceu
logo aos cinco minutos de jogo. O argentino ganhou um presentão da
defesa do Napoli e não desperdiçou. David López recuou mal, Albiol e
Koulibaly bateram cabeça e deixaram a bola limpa para o atacante. Com a
calma de sempre, Carlitos invadiu a área e tocou na saída do goleiro
Rafael para abrir o placar.
O gol rápido dava a impressão de que a
Juventus não sofreria muito para conseguir a vitória. Tevez ainda
chegou a ter outra chance em uma bomba na entrada da área que parou em
ótima defesa de Rafael. Na sequência, porém, o jogo mudou completamente.
A Juve tirou o pé do acelerador, e o Napoli aproveitou para equilibrar a
partida.
Foi aí que Higuaín começou a aparecer no jogo. O
argentino primeiro parou em ótima defesa de Buffon na etapa inicial e
depois acabou batendo caprichosamente na trave em chute de cobertura na
segunda etapa.
De tanto insistir, porém, o Napoli chegou ao
empate. E justamente com o argentino. Aos 25 minutos, De Guzmán arrancou
pela esquerda, fez boa jogada e cruzou com perfeição na cabeça de
Higuaín, que subiu bonito e colocou no cantinho de Buffon.
O
empate acordou a Juventus, que voltou a tentar ir para cima. Já na
prorrogação, Koulibaly chegou a salvar em cima da linha um chute de
Vidal. Mas era mesmo o dia dos argentinos, e o segundo gol sairia apenas
pelos pés de Tevez. E que gol! Pogba começou a jogada com belos dribles
na entrada da área e rolou para Carlitos. No jogo de corpo, ele deixou
Koulibaly na saudade e bateu no cantinho, sem chances para Rafael.
Tudo parecia resolvido. Só parecia. O Napoli também tinha seu
argentino inspirado. Restando apenas dois minutos para o fim da partida,
a zaga da Juventus se enrolou toda para afastar um cruzamento, e a bola
acabou sobrando para Higuaín. Meio caído, o atacante ainda conseguiu
deslocar Buffon para mandar para as redes.
No duelo dos pênaltis,
porém, nada de Argentina. O brilho foi brasileiro. Para começar, Tevez
mandou o primeiro pênaltis da Juventus na trave. Depois, o ex-santista
Rafael pegou duas cobranças, a última de Padoin, e garantiu o troféu ao
Napoli.