Nessa semana do Dia das Crianças, o blog Futebol Europeu resolve contar a história de um jogador que sofreu muito na infância em meio à guerras na Croácia e hoje é considerado um dos melhores meio-campistas do mundo.

O jogador, atualmente pertencente ao Real Madrid, é peça fundamental na equipe. Basicamente, o estilo de jogo dos merengues é construído na base dos contra-ataques rápidos e letais. Mas, quando algo dá errado, seja intervenção adversária ou mesmo um passe errado, é preciso chamar alguém que tenha qualidade no passe longo. E quem chamar? Claro, ele, Luka Modric. O croata vira o jogo, faz lançamentos mais do que precisos, e até chuta ao gol de longa distância. Tem muita qualidade. Mas nem sempre tudo foi assim na vida desse jogador de 29 anos. Na infância, ele enfrentou muitas dificuldades. E foi aí que ele teve de virar também no jogo da vida.

Hoje, Modric sorri. Porém, antigamente, não era assim.
Quando Lukita estava com 6 anos de idade, seu país, Croácia, queria a independência da Iugoslávia e a forma encontrada foi uma guerra. Com isso, o pai do jogador, Stipe Modric, teve que servir na guerra como soldado. Um de seus avôs morreu após um ataque de sérvios.

À época, ele e sua família estavam como refugiados num hotel em sua cidade natal, Zadar. Além da família dele, outras famílias também habitavam a área como refugiados. As famílias entraram num consenso e decidiram que iriam 'camuflar' a situação desesperadora que vivia seu país. 

Assim sendo, Luka Modric conheceu o futebol aos 11 anos de vida, no fim da guerra. Sua primeira experiência no esporte foi num clube de base em sua cidade natal. 6 anos depois, já com 17 anos, em 2002, foi para o maior clube da Croácia, o Dínamo Zagreb.

Porém, a carreira do garoto que sobreviveu a uma guerra junto a sua família e começou a jogar futebol para não estar ao lado de armas não decolaria naquele momento. Invés de permanecer no maior clube de seu país, ele foi emprestado ao Zrinjski Mostar, clube da Bósnia e, logo que chegou, já foi eleito o melhor jogador do Campeonato Bósnio.

Em 2004, o meio-campista voltou para seu país afim de defender o Inter Zapresic. Na temporada seguinte que viria, enfim, ele teve chances no Dínamo Zagreb. Entretanto, a Croácia já começava a ficar pequena para esse grande jogador.

Em 2008, o Tottenham anunciou Modric. A carreira de um vencedor deslanchava. O franzino de apenas 64kg teria de adaptar-se ao estilo do futebol inglês. Questionado sobre, ele respondeu: "Eu joguei na Bósnia. Quem joga na Bósnia, joga em qualquer lugar". 

Para ele que já havia enfrentado tantos problemas na vida – problemas muito difíceis de serem superados, diga-se -, esse só seria mais um obstáculo a ser vencido. Rapidamente, o excelente meia se adaptou ao futebol inglês e logo começou a mostrar sua qualidade. Enchia os olhos dos Spurs com seus passes mágicos. Até que despertou interesse de um gigante espanhol, o Real Madrid. 

Pouco tempo depois, em agosto de 2012, o clube merengue já o contratava. E ele teve que superar outro obstáculo: buscar seu espaço numa equipe que tinha Alonso, Ozil, Khedira no time titular e Kaká na reserva. Era difícil, porém, ele conseguiu superar mais esse desafio. E, hoje, aos 29 anos, é campeão da Liga dos Campeões pelo Real Madrid e é titular absoluto na equipe.

Bela história de superação!
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