Por Jean Batista
Publicado em 26/12/2014 às 14h45
São Paulo - Brasil

O ano de 2014 será lembrado por muito tempo, obviamente, pela goleada sofrida pela seleção brasileira para a Alemanha, por humilhantes 7 a 1. Mas não foi só isso. Como qualquer outra retrospectiva do ano que passou, sobretudo aquela que engloba os fatos esportivos (futebolísticos), podemos dizer que 2014 reservou ótimos momentos e belas surpresas.

Relembre, abaixo, os cinco acontecimentos mais marcantes da Copa do Mundo e do Futebol do Velho Continente:
TOP 5 - COPA DO MUNDO
5. Itália e Inglaterra fracassam


Se não eram favoritas ao título, ambas as seleções ficaram devendo. Foram eliminadas ainda na primeira fase, em grupo que contava com Uruguai e a grande surpresa da competição, Costa Rica, que desbancou as três seleções campeãs mundiais e terminou em primeiro.

4. Golaço de James Rodríguez


Sem nenhuma chance para o goleiro Muslera! O camisa 10 colombiano foi o artilheiro da Copa, e o gol que marcou contra o Uruguai, nas oitavas-de-final, foi uma verdadeira pintura!

3. Passeio holandês perante 'La Fúria'


A Copa Mundo já começou com uma belíssima surpresa. Na Arena Fonte Nova, em Salvador, a Holanda goleou a Espanha por 5 a 1, com direito a um ótimo cabeceio de Van Persie.

2. Tim Krul salva a 'Laranja Mecânica'


A disputa por pênaltis das quartas-de-final entre Holanda e Costa Rica foi marcada pelo brilho do goleiro Krul, que saiu do banco de reservas e pegou duas cobranças. Além disso, ele "provocava" os batedores, dizendo para que lado o jogador devia chutar.

1. Brasil 1x7 Alemanha: A Vergonha do Mineirão


Uma mancha na história da seleção penta-campeã, que dificilmente sairá. O pior golpe já sofrido. O Brasil voltou a sediar uma Copa do Mundo depois de 64 anos e a expectativa era que o "Maracanazo" da Copa de 50 fosse, enfim, enterrado de uma vez por todas. E ele foi, mas da pior maneira possível: a goleada de 7 a 1 sofrida pela Alemanha, nas semifinais da competição, fez a derrota de de 1950 parecer uma simples "pelada" de fim de ano, entre casados e solteiros. O revés da seleção, em pleno Mineirão, foi a maior derrota da história do esporte nacional, em 100 anos de história. Uma humilhação que expôs a fragilidade da estrutura do futebol brasileiro e que causou uma ferida indelével na torcida verde e amarela. Para piorar de vez a situação, Miroslav Klose ultrapassou Ronaldo e se tornou o maior artilheiro das Copas em pleno "país do futebol".

TOP 5 - FUTEBOL EUROPEU
5. Manchester United: Do desastre de Moyes à esperança com Van Gaal


A aposentadoria de Sir Alex Ferguson após quase 30 anos no comando da equipe, trouxe uma incerteza sobre o futuro do clube.

David Moyes foi contratado para treinar o United, após ser indicado pelo próprio Ferguson. No entanto, a temporada irregular, com vários problemas e a não-classificação para a Liga dos Campeões, custou o emprego do ex-treinador do Everton.

Após a Copa do Mundo, Louis Van Gaal, que dirigiu a Holanda, assumiu o comando dos Red Devils. Junto com ele, chegaram nomes como: Dí Maria, Falcao García, Daley Blind, Marcos Rojo, Ander Herrera e Luke Shaw. Os investimentos pesados encheram os torcedores de expectativa de ver o esquadrão vermelho voltar a brilhar.

4. Chelsea: Em busca do topo



A volta de José Mourinho aos Blues trouxe expectativa aos torcedores de verem o time ser campeão da Premier League e da Liga dos Campeões. E na primeira temporada após seu retorno, a equipe bateu na trave. Brigou pelo título inglês até o final, chegou a liderar a competição por várias rodadas. Porém, uma derrota em casa para o Sunderland na reta final, praticamente enterrou as chances de título na BPL.

Na Champions, o time azul de Londres quase chegou lá também. Favorito na semifinal contra o Atlético de Madri, acabou decepcionando a todos ao optar por “não jogar” no jogo de ida na Espanha. A estratégia retranqueira de Mourinho pagou seu preço no jogo da volta. Após abrir 1 a 0 no jogo da volta, acabou sofrendo a virada e assistiu a vaga na finalíssima ir embora com o time espanhol.

Após a Copa, Diego Costa, Fábregas, Filipe Luis e Courtois chegaram ao Stamford Bridge para fortalecer o elenco. Termina 2014 na liderança disparada da Premier League e classificado para as oitavas da Champions. 2015 tem tudo para ser o ano dos Blues.

3. Liverpool: Do sonho ao pesadelo

Sterling, a "ressalva" dos Reds.
2013/14 foi a temporada em que o Liverpool prometia brigar pela vaga na Liga dos Campeões. Porém, a fase espetacular de Suárez empolgou tanto o time que deu uma arrancada no inicio do ano colocou os Reds no topo da tabela. Com um futebol intenso e uma sequência de vitórias, surpreenderam a todos, colocando o time como favorito ao título na reta final da temporada.

Mas como nem tudo são flores, uma derrota nas últimas rodadas para o Chelsea, em casa, colocou por água abaixo o sonho dos torcedores de Liverpool, que viram o Manchester City ser campeão após assumir a liderança a duas rodadas do fim.

A nova temporada começou e Luís Suárez foi embora para o Barcelona. O caminhão de dinheiro que entrou no caixa foi usado para a contratação de vários jogadores destaques em equipes menores (exceto Balotelli, que chegou do Milan), mas até agora, nenhum se firmou como titular absoluto.

A eliminação na fase de grupos da Champions e a péssima fase na Premier League, transformaram o sonho do Liverpool em um pesadelo. 2015 começará cheio de incerteza sobre o futuro da equipe do técnico Brendan Rodgers.

2. Atlético de Madrid: O time do ano



Sim, o Atlético foi o time do ano! A forma como Diego Simeone convenceu seus jogadores a jogar cada partida como se fosse a última, foi incrível. Mesmo tendo limitações técnicas, a equipe bateu de frente com os grandes times europeus na Champions e por um minuto não foi campeã da Liga dos Campeões.

A aula de intensidade e vontade mostrada contra o Barcelona nas quartas-de-final, mostrou ao mundo que o Atlético venderia caro o título europeu. A vitória de virada em Londres contra o poderoso Chelsea, empolgou ainda mais seus torcedores, pois nem mesmo o mais otimista torcedor apostaria que o Atlético iria tão longe na Champions.

A final contra o Real foi épica. A substituição do Diego Costa logo aos 9 minutos foi decisiva! Após estar ganhando por 1 a 0 até os 49 da segunda etapa, o time não teve forças para segurar na prorrogação. Resultado de uma temporada jogada no seu limite, físico e mental. A imagem do Koke com as mãos nos joelhos sem força para correr no terceiro gol do Real, retratou bem esse cansaço.

O time não levou a Champions, mas fez história na La Liga. Depois de 10 anos, um time que não fosse Barça ou Real conseguiu ser campeão. O título veio na última rodada, no confronto direto com o Barcelona. Sánchez colocou o Barça na frente do marcador, e com o 1 a 0, o título ficava com os catalães. Até que, na segunda etapa, Diego Godín marcou de cabeça de deu o título para o time de Madrid diante de quase 100 mil pessoas no Camp Nou.

Na atual temporada, o clube venceu a Supercopa da Espanha contra o Real Madrid, está em terceiro no Espanhol e classificou em primeiro no seu grupo da Champions. Mesmo perdendo seus principais jogadores como Diego Costa e Courtois e Filipe Luis, Simeone conseguiu manter o Atlético nos trilhos.

1. Real Madrid: 'La Décima' e o melhor time do mundo

Cabeceio de Ramos e o gol que colocou fim no jejum, que durava mais de uma década.
Depois de 12 anos, o Real Madrid voltou a conquistar a Europa. Os merengues provaram em 2014 que é, sem dúvidas, o melhor time do mundo na atualidade. Se nas temporadas passadas, o clube bateu na trave na Liga dos Campeões, caindo quase sempre nas semi-finais, em 2014 foi diferente. Encarou o atual campeão Bayern nas semis e atropelou. Foi 1 a 0 suado no Bernabéu e um sonoro 4 a 0 na Allianz Arena, naquele que foi o ápice do time na temporada.

Cristiano Ronaldo provou ser mais uma vez o melhor do mundo em 2014. Fez uma temporada espetacular, marcou gols em quase todos os jogos e, de fato, decidiu jogos para sua equipe. A final da Champions contra o Atlético foi dramática, com o gol de empate no penúltimo minuto de jogo. A virada veio na prorrogação, após pressionar o rival durante toda a partida. Vendo o cansaço físico do rival de Madrid, o Real marcou mais dois gols, selando de vez o título continental e garantindo o passaporte para Marrocos.
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